Apesar de ter sido considerado, desde os tempos do seu início de carreira, um piloto com elevado potencial, Jari-Matti Latvala tem revelado dificuldades em impor-se no panorama do Mundial de Ralis.

Em 11 anos a correr por equipas oficiais, o simpático finlandês conseguiu 18 vitórias e 3 vice-campeonatos mundiais, mas ao longo deste tempo foram várias as ocasiões em que revelou estar a mudar algo na sua postura como piloto.

Em 2018 viu Ott Tanak chegar à Toyota e impôr-se quase de imediato como o primeiro piloto a conseguir resultados. Em resultado disso, mais uma vez, Latvala mostrou alguma fragilidade emocional com o próprio a reconhecer isso.

Numa entrevista aos britânicos do autosport.com, reconheceu que a chegado do piloto estónio o fez mudar de atitude e de condução. "Quando vi a sua performance no ano anterior (2017), sabia que tinha de fazer algo por mim, e essa pressão fez-me evoluir," começou por referir.

A situação foi algo semelhante ao que já tinha passado na Volkswagen quando teve de conviver com Sébastien Ogier. Na altura, tentou mudar o seu estilo de condução para se parecer mais com o de Ogier, que era notoriamente mais rápido, mas sem resultados positivos.

Desta vez as coisas resultaram melhor. "Quando o Ott chegou à equipa quis trabalhar no carro para ficar mais neutro e mais fácil de virar, e menos agressivo na condução. Estive a aprender com ele um pouco e parece começar a resultar para mim."

Latvala está optimista para a temporada que começa amanhã em Monte Carlo. "Os primeiros 6 meses foram muito difíceis para nós, depois desde a Finlândia conseguimos ter bom ritmo. Precisamos de continuar nessa onda a trabalhar como nos últimos 6 meses e manter-nos assim todo o ano," concluiu o finlandês de 33 anos.